quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ABSTRUSOS

Dizem por ai que somos formados por aquilo que nossos pais nos passaram. Eu digo que sim, em parte, somos constituídos pela herança de nossos pais, por nossas tradições e costumes. Entretanto, nós somos complexos e multifacetados, não podemos ter somente uma fonte de extração para o nosso “eu interno”. 

 Eu sou o orvalho umedecendo os carros essa manhã, a tempestade que caiu semana passada, aquela que me fez perder meus tênis favoritos. Sou a queda naquela tarde de domingo, o chão estava escorregadio não é mesmo? Sou o choro, a raiva, a luxúria, a inocência, a felicidade, a tristeza. Sou o doce, o salgado e o azedo. A bebida e o cigarro. A flor e o espinho.

Sou minhas experiências, minhas impressões, meus momentos. Carregados de sentimentos, incertezas, complicações. Cada segundo, cada momento nos forma, o nosso “eu” nasce através dos nossos sentidos. Sou o que vivi, vivo e viverei. Sou passado, presente e futuro.

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