quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Resenha: Mar da Tranquilidade - Katja Millay

Título Original: The Sea Of Tranquility
Autor: Katja Millay
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
Onde comprar: SaraivaSubmarino

"Eu odeio a minha mão esquerda. Odeio olhar para ela. Odeio quando ela trava e treme e me lembra que eu perdi minha identidade. Mas ainda assim olho para ela, porque ela também me lembra que eu vou achar o garoto que tirou tudo o que eu tinha. Vou matar o garoto que me matou, e farei isso com a minha mão esquerda".

Maravilhoso. É a palavra em que penso para descrever esse livro. A história é tão tocante, tão cheia de significados, que me surpreendeu a cada página. Muito obrigada a Mari Siqueira, do Love Lovers por ter me emprestado esse livro, que chega a mudar completamente alguns conceitos.conceitos. Katja tem uma maneira de descrever os acontecimentos de Mar da Tranquilidade de forma tão intensa e ao mesmo tempo tão suave, que nos perdemos no tempo enquanto acompanhamos essa história.

Nastya Kashnikov está no último ano do ensino médio, tem dezessete anos, a história começa com Nastya indo morar com a sua tia Margot em uma cidade pequena. Nastya perdeu a fala, perdeu tudo aquilo que formava sua identidade e por isso resolve afastar-se dos pais e do irmão, afastar-se de tudo aquilo que fora. O motivo que leva Nastya a fazer tas escolhas carrega o livro inteiro e prende o leitor de forma intensa e cativante.

"Até que morrer não é tão ruim assim depois que já aconteceu uma vez. E eu já morri. Não tenho mais medo da morte. Tenho medo de todo o resto".

John também tem dezessete anos e também está no último ano do ensino médio, sua história foi marcada por inúmeras perdas, aos dezessete anos ele está sozinho, todos os membros de sua família morreram de várias formas, cada um deixando em Josh a marca da dor e da perda.

As histórias de Nastya e Josh se entrelaçam de forma suave e complicada ao mesmo tempo. Os dois estão danificados, cada um a sua maneira e se completam de forma única. A narrativa intercala-se entre Nastya e Josh. E através dos pontos de vista dos dois, percebemos suas personalidades, suas características, não há como confundir. Já no primeiro capítulo percebemos a alternância entre os personagens.

"A luz do dia não nos protege de nada. Coisas ruins acontecem a qualquer momento. Não esperam até depois do jantar".

Os personagens são extremamente complexos, mesmo os personagens secundários, como Drew e sua família, tem suas complicações, seus "demônios". Não há bem ou mal, o livro nos retrata a realidade, as motivações para as atitudes de cada personagem e nos faz refletir sobre as motivações dos nossos atos.

" A voz da minha mãe. É a primeira coisa de que me lembro depois de abrir os olhos. Minha menina linda. Você voltou para nós. Mas ela estava enganada".

O silêncio da personagem Nastya grita seus medos, suas atitudes incompreensíveis. A carpintaria de Josh, arte que aprendeu com o pai, nos mostra que o que é feio, danificado, indigno de atenção, como um pedaço de madeira, pode transformar-se em algo lindo.Cada aspecto, cada detalhe da história tem o seu significado, cada parte tem importância para o todo da narrativa e a autora entrelaça todos os acontecimentos com uma última frase de deixar qualquer leitor sem fôlego. Um livro inquietante, intenso e muito bom!

CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.
A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Resenha: Não se apega não - Isabela Freitas

Autor: Isabela Freitas
Editora: Intrinseca
Páginas: 254
Gênero: Autoajuda
País: Brasil
Onde comprar:SaraivaSubmarino
Blog da autora: Isabela Freitas


É com muita tristeza, que venho escrever a primeira resenha negativa do blog e fazer uma confissão, não consegui terminar de ler esse livro. Eu tentei, tentei, virei, revirei, dei um tempo e voltei, mas não deu. Perdoe-me a minha cara amiga Ariana Silva, do Ária Books que me emprestou o livro com tanto carinho, muito obrigada mesmo. Mas talvez eu não estivesse, como dizem por ai, na "vibe" para esse tipo de leitura ou só não curta autoajuda.
 
Devo confessar que num primeiro momento a narrativa da Isabela me prendeu, a leitura é fluida e rápida, porém tornou-se maçante para mim, ao longo da história, por conta do seu extremo pessimismo em relação ao amor. E quando digo amor, refiro-me ao amor em si, não ao amor entre casais somente, mas ao amor em qualquer relacionamento.

"Todo mundo que me odeia se dá mal na vida, não que eu faça algo para isso, mas acho que meu anjo da guarda é vingativo".

A história começa com o término bombástico entre Isabela e seu namorado de dois anos, Gustavo. Suas amigas ficam impressionadas por ela querer finalizar um relacionamento, que aos olhos do espectador, parecia perfeito. Mas a Isabela estava infeliz e essa infelicidade percorre o livro, pelo menos até a parte em que consegui ler. 
 
A minha primeira impressão com o título do livro, é de que a Isabela era uma mulher determinada, decidida, feliz com as suas escolhas. Mas ela não consegue ficar sozinha, não tem amor próprio e fico me perguntando como alguém assim, escreve um livro de autoajuda. Acho que é mesmo no sentido literal de autoajuda (ela precisa de ajuda).

"Querido cupido, desejo que você morra atingido pela própria flecha".

A visão tão pessimista da autora em relação ao amor, baseada em seus relacionamentos anteriores, fracassados, me  fizeram rir diversas vezes, porque eu extrema romântica que sou, não conseguiria pensar de forma tão negativa. Confesso que fiquei irritada com a infatilidade da autora/personagem. Como, depois de tantos relacionamentos, ela não aprendeu algo com os seus fracassos?

Bom, fico triste, porque apesar da história ter me decepcionado, a diagramação é lindíssima e devo dizer que para mim, foi a única coisa que chamou a atenção nesse livro. Espero que vocês leiam e discordem!
CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase "você deve encontrar a metade da sua laranja". Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resenha: Perdendo-me - Cora Carmack


Título Original: Losing It
Autor: Cora Carmack

Editora: Novo Conceito
Páginas: 286
Gênero: Romance Hot
País: EUA

Onde comprar:SaraivaSubmarino


Bliss é uma garota de 22 anos, estudante de Teatro e virgem, não por qualquer voto ou crença religiosa, mas apenas por não ter encontrado o cara certo, nem o momento certo. Já Kelsey,melhor amiga de Bliss,  é o extremo oposto, extrovertida, completamente liberal, tanto que chega a ser levemente promiscua. Kelsey acaba convencendo Bliss de que ela precisa se desfazer do seu atual status de virgem. As duas vão a um bar e Bliss acaba sendo fisgada por um charmoso inglês. Quando achamos que Bliss finalmente perderá sua virgindade, ela vem com a desculpa mais esfarrapada e engraçada que eu já vi e deixa Garrick, o inglês, sozinho e nu em seu quarto.

"Eu estava prestes a fazer sexo. Com um cara que eu acabara de conhecer, sobre quem eu não sabia absolutamente nada. E ele não sabia nada sobre mim...incluindo o fato de que eu era virgem"

O que Bliss não esperava, era deparar-se com Garrick, a frente de sua sala de aula, como seu professor. A partir dai as cenas ficam cada vez mais engraçadas. A personagem Bliss, é tão inocente em alguns aspectos que se torna cômica, me peguei rindo sozinha várias vezes. 

"Era o sol, e ele me segurava em seus braços, me chamava pelo nome, me tocava da testa aos dedos dos pés. Cai no sono, aninhada no céu, nos braços de uma estrela''

Confesso que depois de 50 tons de cinza, criei um certo preconceito com livros hot, porém, Perdendo-me foge completamente do estilo 50 tons de cinza. A narrativa é focada na história em si dos personagens e as cenas hot são sutis, e depois de ler E. L James as considerei leves. Aqueles que como eu, não são muito fãs de literatura erótica por seu vocabulário muitas vezes vulgar, irão se surpreender com a leitura de Perdendo-me. É um romance rápido de ser lido e o Garrick? Não tem como não se apaixonar também. 

CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: VIRGINDADE. Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e... adivinhe quem ela encontra?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

[TAG] 7 Things


Olá!
A Mariana Siqueira do Love Lovers me marcou na tag 7 Things inspirada na música da Miley Cyrus. Devo confessar que na época Hannah Montana, eu adorava Miley Cyrus. Vamos às minhas respostas:

7 coisas para fazer antes de morrer:

1. Casar
2. Publicar um livro
3. Aprender a andar de bicicleta
4. Ter uma biblioteca
5. Viajar para o exterior
6. Aprender Alemão e Francês
7. Fazer doutorado

7 coisas que eu mais falo:

1. Mano!
2. Aff!
3. Palavrões, muitos palavrões.
4. Cara, tá louco.
5. Amor
6. Se fecha
7. Eu preciso de dinheiro

7 coisas que eu faço bem:

1. Escrever
2. Ler
3. Ter ciúmes
4. Ficar irritada em questão de segundos
5. Cuidar de crianças
6. Falar besteiras
7. Entender inglês

7 coisas que eu não faço bem:

1. Cozinhar
2. Mentir
3. Identificar pessoas pela voz
4. Segurar a emoção
5. Concluir (qualquer coisa)
6. Prestar atenção
7. Rir baixo

7 coisas que me encantam:

1. Amor
2. Livros
3. Escrever
4. Europa
5. Surpresas
6. Crianças
7. Mistérios

7 coisas que não gosto:

1. Mentira
2. Traição
3. Hipocrisia
4. Brasil
5. Clima extremo
6. Falta de originalidade
7. Ter ciúmes

7 coisas que eu aprendi com livros:

1. A culpa é das estrelas.
2. Nunca experimente um feijãozinho de todos os sabores.
3. Veja o lado bom das coisas
4. Você se torna responsável por aquilo que cativas
5. Viva o hoje, pode não haver amanhã
6. Existe amor eterno
7. Seja você