terça-feira, 26 de agosto de 2014

Resenha: A Seleção - Kiera Cass



Título Original: The Selection

Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 368
Gênero: Ficção
País: EUA
Onde comprar:  SubmarinoSaraivaAmericanas


A seleção é o primeiro livro de uma trilogia distópica, escrita por Kiera Cass. Trata-se de um futuro em que um novo país foi constituído após a Quarta Guerra Mundial, seu nome é Ilhéa. A monarquia está de volta e depois da destruição causada pela Quarta Guerra, o país foi dividido em castas para sua sobrevivência. São ao todo oito castas, cada uma com a sua respectiva utilidade dentro da sociedade. A seleção em si, é um concurso que pretende dar a oportunidade de uma plebeia tornar-se uma Um e casar-se com o príncipe. As princesas casam-se com os príncipes estrangeiros para manter as alianças e os príncipes casam-se com as plebeias de Ilhéa, que são escolhidas através da Seleção.

A protagonista é America Singer, uma Cinco, casta pobre, a casta dos artistas. America é apaixonada por Aspen, um Seis. O romance dos dois é proibido, é inadmissível que uma garota case-se com alguém de casta inferior, por isso encontram-se as escondidas, numa casa na árvore no quintal de America. Até que America recebe a carta de convocação para a Seleção, a principio ela se recusa a aceitar a inscrição para o concurso, mas após muita insistencia da mãe e para a surpresa dela, de Aspen, America decide tentar a sorte.

“Não queria ser da realeza. Nem queria ser Um. Não queria nem tentar.”

O que não estava nos planos dela era realmente ser uma das 35 selecionadas para o reality show mais assistido de Ilhéa. America vai para o palácio contra sua vontade, mais para ajudar os pais com os beneficios de participar do concurso, do que para ganhar o coração de Maxon, o príncipe.

“Sabia que não me apaixonaria por Maxon da noite para o dia. Meu coração não ia deixar. Mas de repente me vi em uma situação que talvez eu quisesse me apaixonar por ele.''

A história é realmente muito boa! Kiera consegue nos envolver numa distopia beirando o conto de fadas. America é divertida, o que torna a narrativa mais fluída e rápida. Li em mais ou menos dois dias. Identifiquei-me bastante com a impulsividade e a teimosia de America. A dúvida é: Aspen ou Maxon? Particularmente, sou team Maxon! Sua polidez, inteligência e senso de humor me ganharam desde a primeira cena. Vamos esperar pela escolha de America. Recomendo!
CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. 

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ABSTRUSOS

Dizem por ai que somos formados por aquilo que nossos pais nos passaram. Eu digo que sim, em parte, somos constituídos pela herança de nossos pais, por nossas tradições e costumes. Entretanto, nós somos complexos e multifacetados, não podemos ter somente uma fonte de extração para o nosso “eu interno”. 

 Eu sou o orvalho umedecendo os carros essa manhã, a tempestade que caiu semana passada, aquela que me fez perder meus tênis favoritos. Sou a queda naquela tarde de domingo, o chão estava escorregadio não é mesmo? Sou o choro, a raiva, a luxúria, a inocência, a felicidade, a tristeza. Sou o doce, o salgado e o azedo. A bebida e o cigarro. A flor e o espinho.

Sou minhas experiências, minhas impressões, meus momentos. Carregados de sentimentos, incertezas, complicações. Cada segundo, cada momento nos forma, o nosso “eu” nasce através dos nossos sentidos. Sou o que vivi, vivo e viverei. Sou passado, presente e futuro.

Resenha: O teorema Katherine - John Green


Título Original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Gênero: Ficção
País: EUA
Onde Comprar: SaraivaSubmarino


Bom, recebi muitas opiniões negativas sobre esse livro. Porém, tenho a tendencia absolutamente tola de acreditar que minha opinião vai ser completamente diferente da opinião geral e de novo, me enganei!

A história é sobre Colin, um garoto prodígio, mas não a ponto de ser considerado um gênio. Sim, existe uma diferença, criança prodígio é aquela que tem facilidade de aprendizagem e um raciocínio além do normal, já o gênio, além da enomr capacidade intelectual, ainda apresenta um nível elevado de criatividade. Sua obsessão por conseguir tal patamar causa-lhe diversos problemas, um deles é a perda da sua Katherine número 19. Isso mesmo, número 19. Colin conseguiu apaixonar-se 19 vezes por Katherines. E a grafia tem que ser essa aí mesmo K-A-T-H-E-R-I-N-E!

''Então, nós todos somos importantes — talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada.''

O pé na bunda da Katherine 19 faz com que Colin decida pegar a estrada sem rumo, com seu melhor amigo Hassan. A viagem dura pouquíssimo tempo, Colin e Hassan param na primeira cidade, Gutshot e lá conhecem Lindsey, filha da dona de uma fábrica de cordinhas para absorvente interno (What?). Lá Colin decide criar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que pretende prever o final de um relacionamento e quem termina com quem.

"Qual o sentido de estar vivo, se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?"

 Achei o Colin muito chato, mas muito chato mesmo, pobrezinho. É um garoto cheio de dúvidas, que espera ansiosamente pelo seu momento "Eureca".O teorema não fez sentido nenhum para mim, mas por que faria? Eu nem consigo subtrair 3 de 7 sem contar nos dedos. Li A culpa é das estrelas, gostei bastante, mas infelizmente O teorema Katherine não me atraiu nenhum pouco, é...fofo. Concordo com as opiniões que recebi. Vamos tentar a sorte novamente John Green.
CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

sábado, 9 de agosto de 2014

TORPOR

Fotografia: Dialog, Rudolf Bonvie 1973.

O som da sua voz lentamente tira o meu corpo do torpor. Aquela sensação horrível de não sentir e sentir ao mesmo tempo. É como se o mundo parasse, como se só houvesse aquela linha tênue entre a minha voz tremula e a sua rouca. E eu sinto falta, como eu, sinto falta do seus risos espontâneos e das suas manias ridículas.

Percebi hoje que pode ser aquele sentimento de que tanto sinto medo. Pode ser porque peguei-me involuntariamente adorando seus defeitos, sentindo seu perfume no meu casaco, aquele que eu usei naquele último encontro e que obviamente já lavei. O seu cheiro não devia ter saído? Flagrei-me desejando respirar novamente a fumaça irritante do seu cigarro misturada ao cheiro do seu perfume, sorrindo ao lembrar das coisas idiotas que você me disse ontem, antes da nossa briga silenciosa.

Sim, eu acho que posso estar te amando, incondicionalmente e isso dói. Dói como nunca doeu, pensar em nunca mais olhar nos seus olhos e ver aquele seu sorriso se formar lentamente nos seus lábios. Aquele sorriso fácil que só você sabe sorrir. Acho que te amar deixou de ser uma dúvida a partir do momento que eu me permiti sentir, eu te amo e como dói admitir, porque não estou admitindo para você.