domingo, 28 de agosto de 2016

EVENTOS: 24ª Bienal Internacional do livro de São Paulo


Nessa sexta-feira (26/08/2016) iniciou-se um dos eventos mais esperados para os amantes da literatura, a Bienal do Livro de São Paulo. O Imperiódico estava lá no primeiro dia e pela primeira vez com o credenciamento de blogueiros. Já no primeiro dia o evento estava mais cheio que o normal, mas consegui ver os estandes com calma e trago aqui um pouco das informações gerais para quem nunca foi e deseja ir.


Quando: de 26 de agosto a 4 de setembro
Onde: Pavilhão de Exposições Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1209, Santana)
Ingressos: R$ 20 (visitas de segunda a quinta-feira) e R$ 25 (visitas de sexta-feira a domingo)
Onde comprar: site da Tickets For Fun, em pontos de venda ou no próprio evento (não aconselho deixar para comprar na hora, as filas geralmente são imensas.
* Menores de 12 anos e maiores de 60 anos não pagam ingresso
Pacotes promocionais de ingressos
Pacote galerinha: dez ingressos meia-entrada dão 10% de desconto
Pacote galera: cinco ingressos inteiros dão 20% de desconto
Pacote família: três ingressos inteiros dão 10% de desconto
Transporte gratuito
Para os visitantes que forem de metrô, haverá aqueles ônibus gratuitos de sempre fazendo o trajeto de ida entre a estação Portuguesa-Tietê e o Anhembi durante todos os dias da semana. Aos finais de semana, também haverá ônibus fazendo o trajeto entre o Anhembi e a estação Barra Funda. Esse ano, diferente dos anteriores, o transporte gratuito está bem organizado, evitando as enormes filas debaixo do sol dos eventos anteriores.

Os estandes estão lindos, não tão glamurosos como na Bienal de 2014, mas ainda assim com algumas atrações, o estande da Editora Rocco, por exemplo, trouxe a nossa tão amada plataforma  9 ¾ da estação King's Cross na lateral e é claro que nós corremos para tirar várias fotos.

Como sempre o evento traz autores internacionais, novamente a irlandesa Lucinda Riley é uma convidada para essa edição, famosa pelos livros "As Sete Irmãs" e " A Casa das Orquídeas", além de Lucinda, a também irlandesa Marian Keyes será convidada do evento, ela é autora de "Melancia" e "Sushi".
No link a seguir vocês poderão conferir a programação completa de autores: Programação.

Muitos visitantes vão ao evento na intenção de encontrar exemplares num valor mais em conta. Esse ano, nos estandes das editoras encontrei poucas promoções e poucos livros que estavam com o preço valendo a pena. Em compensação, o estande da Editora Minuano estava com muitos livros em promoção, são livros com pequenos defeitos, que provavelmente foram descartados na livraria, porém fiz uma aquisição de 6 exemplares só nesse estande.

A Bienal vai até o dia 4 de setembro e ainda dá tempo de conferir bastante coisa, amantes de livros, não percam tempo! Vou deixar abaixo uma listinha com os livros que comprei e os valores de cada um:
  • Oxford English Grammar Course - R$ 20,00
  • Oxford Learner´s Thessaurus ( a dictionary of synonyms) - R$ 20,00
  • O mágico de oz, Baum - R$ 15,00
  • O presente, Cecília Ahern - R$ 10,00
  • Dragões do Éter Vol.2, Raphael Draccon - R$ 10,00
  • Macbeth, Shakeaspeare (em inglês) - R$ 5,00
  • A menina que não sabia ler, John Harding - R$ 10,00
  • The Scarlet Letter, Nathaniel Hawthorne - R$ 10,00
  • Proibido, Tabitha Suzuma - R$ 10,00












sexta-feira, 29 de julho de 2016

Resenha: Caixa de Pássaros - Josh Malerman

Título Original: Bird Box
Autor: Josh Malerman
Editora: Intrínseca
Páginas: 268
Gênero: Suspense
País: EUA
Onde Comprar:SaraivaSubmarino

Não abra seus olhos. Essa é a frase marcante de Caixa de Pássaros, livro de estreia de Josh Malerman. Perturbador é uma palavra que define o thriller de Malerman, o medo e a própria audição tornam-se os maiores monstros nessa história. E o que pode ser maior do que o medo do desconhecido?

Malorie muda-se com a irmã Shanon para Detroit e lá descobre estar grávida. Ao mesmo tempo, fatos inexplicáveis e inesperados começam a ocorrer ao redor do mundo. As pessoas, ao verem determinada coisa que por falta de conhecimento é chamada de criatura, começam a cometer atos violentos, como enterrar o próprio filho vivo ou arrancar a pele da sua vizinha à dentadas e logo após cometerem suicídio de formas igualmente violentas.

As pessoas começam a se proteger, trancam-se em casa, cobrem as janelas com papelão e cobertores ou tábuas, usam vendas para sair nas ruas. Malorie então procura uma casa onde os sobreviventes estão se abrigando, um local mais seguro. E é ai que a histeria começa. Como enfrentar algo que não conhecemos? Algo que não podemos ver? Como lutar contra algo que não sabemos o que é?

Quatro anos depois, vemos uma Malorie fria, quase como um general, tentando fugir com seus filhos a quem chama de Garoto e Menina da casa em que vivem, agora vazia,  por falta de mantimentos e para encontrar um lugar mais seguro. Eles devem ir pelo rio, vendados e atentos a todo e qualquer som, mas Malorie treinou bem os filhos para utilizar a audição, tão bem que eles podem interpretar até mesmo a sua respiração.

" Será que é o homem enlouquecido? Será que as criaturas rosnam? Será que fazem algum barulho?"

A história se intercala então entre esses dois tempos, no passado, na vivência de Malorie com os cinco sobreviventes na casa para qual ela viaja e na sua jornada pelo rio. Cada momento da história é carregado de extrema agonia e tensão. Pense no que mais lhe dá medo? Um palhaço, uma barata, altura. Agora imagine que esse medo não tem uma definição, não tem uma forma, não tem um nome, você não conhece. É um livro muito sensorial. Os personagens não podem ver, nós leitores não podemos ver, nós sentimos o medo, a tensão, o suspense.

A maior parte do livro se passa na vivência com os sobreviventes e como é interessante observar o convívio em sociedade, em coletividade, num ambiente pós- apocalíptico, os conflitos entre os personagens são reais e nos fazem pensar a que ponto pode chegar o ser humano em uma situação de sobrevivência?

"- Seja o que for - continua Tom -, nossas mentes não conseguem entender. Pelo que parece, as criaturas são como o infinito. Algo complexo demais para nossa cabeça. Sabe?"
Bom, é um livro instigante, com um enredo de tirar a paz, mas com um final controverso. Para quem gosta de histórias bem mastigadas e com o desfecho bem explicado, não deve ler Caixa de Pássaros, esse não é um livro que te dá explicações e informações digeridas. É uma história que te faz pensar, que mexe com o seu psicológico e por isso não é um final que agrada a todos.

                          CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. 
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resenha: E se for você? - Rebecca Donovan

Título Original: What If
Autor: Rebecca Donovan
Editora: Globo Alt
Páginas: 415
Gênero: Romance, Young Adult, New Adult, Ficção
País: EUA
Onde Comprar: SaraivaSubmarino

Lançamento de 2016 da editora Globo Alt, "E se for você?"  da escritora norte-americana Rebecca Donovan, fala sobre a importância das amizades, sobre perdas e não só sobre perder amigos ou entes queridos, mas sobre perder a si mesmo para conseguir se encontrar. Comparado com as histórias de John Green, "E se for você?" traz questionamentos reais e vai além do romance adolescente que aparenta ser.

Rebecca nos mostra de maneira profunda pela construção de cada personagem que a vida sempre nos oferece uma chance de recomeçar e, traz o questionamento do título do livro: " E se...?''. Quantas vezes nos perguntamos o que teria acontecido em determinada situação se tivéssemos agido de forma diferente? E se eu tivesse aproveitado mais o momento?

" Nunca olhei nos olhos de alguém por tanto tempo. Há tantas linhas e formas. Quanto mais olho, mais cores descubro."

O livro nos conta a história de Cal, Richelle, Nicole e Rae, quatro amigos de infância que em determinado momento da história se afastam. A partir daí observamos, anos depois, a vida de Cal na faculdade, até que ele reconhece os olhos extremamente azuis e a aparência física de Nicole, uma de suas amigas por quem sempre foi apaixonado. Convencido de que é a sua amiga, Cal se vê confuso quando a garota diz se chamar Nyelle e ao perceber que a personalidade de Nyelle difere muito da Nicole. Determinado a entender o mistério entre Nyelle e Nicole, Cal tem a ajuda de Rae, a única amiga com quem manteve contato.

Vamos assim, descobrindo um pouco mais sobre Nyelle e observando as loucuras que ela propõe a Cal, todas elas escritas numa misteriosa listinha. O livro é narrado por Cal, porém há determinados capítulos em que temos a visão de Richelle e Nicole sobre o passado dos quatro amigos. Com esses capítulos narrados por elas, fica mais fácil compreender a fascinação de Cal por Nyelle e entender a diferença de personalidade entre ela e Nicole. Essa característica em particular dá um certo toque de mistério à história.

" - Faça um pedido - me inclino e sussurro. Nyelle fecha os olhos, com um sorriso brotando devagar...Aperto a mão dela de leve e absorvo o brilho das estrelas refletido nos olhos dela, quando diz baixinho: - Desejo uma borboleta."

Todos os personagens tem características bem fortes, as personagens femininas tem itens que as diferenciam muito uma das outras e isso torna fácil a identificação dos personagens. A personagem de Nyelle, apesar de me lembrar um pouco a Alasca e a Margo de John Green, foi uma personagem que me cativou bastante por sua construção. Nyelle não é fácil de entender, não é um livro aberto com notas de rodapé, vamos entendendo aos poucos sua personalidade e ela nos ensina que devemos ser, quem queremos ser.
"E se for você?" é um livro simples, de leitura rápida e cativante, com nenhum acontecimento fora do normal, mas que nos traz lições valiosas sobre ouvir a voz do nosso coração, sobre amizade, sobre ser livre e sobre segundas chances. O livro aborda alguns assuntos pesados, mas de forma extremamente graciosa. Recomendo para quem deseja uma leitura leve e divertida, mas com alguns aprendizados e reflexões.

CLASSIFICAÇÃO: 


Sinopse: Cal acaba de entrar na faculdade e divide seu tempo entre aulas e festas com os amigos. Até que ele encontra Nicole Bentley, por quem ele foi apaixonado quando criança, e de quem nunca mais tinha ouvido falar desde que se formaram na escola, há mais de um ano. 
O único problema é que... aquela garota não é Nicole. Ela é idêntica à menina que conviveu com Cal, mas seu nome é Nyelle Preston e, ao contrário de Nicole, essa garota é impulsiva e ousada, e só quer aproveitar a vida. 
Quando os segredos do passado e do presente começam a colidir, de uma coisa ele poderá ter certeza: nada é o que parece ser. Com uma narrativa envolvente e poética, Rebecca Donovan cria personagens cativantes que despertam diversos questionamentos e emoções: 
E se pudéssemos mudar de rumo? 
E se nós permitíssemos apenas aproveitar o momento? 
E se o amor for algo bem mais simples do que imaginamos?

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Resenha: A fronteira - L. Scheleger - Volume I

Titulo: A fronteira - Enigmas de outrora
Autor: L. Scheleger
Editora: Novo Século (Talentos da literatura brasileira)
Páginas: 381
Gênero: Ficção fantástica
País: Brasil
Onde comprar: AmazonSubmarino

Imagine um lugar completamente diferente de tudo que já viu, um lugar onde os animais tem personalidades humanas, existem mastodontes - uma espécie de mamute - bípedes, um local enigmático e instigante, onde tudo parece ser possível. Esse lugar é o continente de Benedicto, mas precisamente no império de Mefizeboth, ambiente da história de A fronteira, do jovem escritor L. Scheleger, que apesar do nome, é nacional e novo parceiro do blog. O império de Mefizeboth tem dois continentes Benedictio (terra abençoada) e Sprevit (terra amaldiçoada).

"Em algum lugar real ou imaginário,
Repleto de vidas reais ou imaginárias..."

A história começa apresentando-nos o jovem príncipe Nicholas, ele é principe do império de Mefizeboth, filho da rainha Jazebeth e do rei Emaneus. O jovem príncipe está no seu quarto, ao que parece passando por um epísódio de insônia, quando começa a sentir forças malígnas ao seu redor, logo após um momento de aflição, essa sensação passa, porém o príncipe ainda tem dificuldades para adormecer.

A partir desse momento visões do passado e sonhos enigmáticos começam a assolar os pensamentos de Nicholas e ele então decide ultrapassar as fronteiras e explorar o continente de Sprevit, jamais antes explorado. Logo após, nos é explicado que a rainha Jazebeth, mãe de Nicholas, numa noite de ano novo tem uma visão relacionada a morte do seu filho, que realmente é atacado por forças malignas e consegue escapar, a partir daí, Nicholas é perturbado por visões. Somos então carregados com Nicholas e seus amigos pelas aventuras dessa exploração ao continente de Sprevit.

"Mais uma visão conturbada nos sonhos de Nicholas...Em um cenário macabro, em um pesadelo tão, tão distante de toda a realidade...ou talvez não...na calada da noite"

É uma leitura confusa no início, são muitas informações novas que precisam ser visualizadas para que haja o entendimento desse universo novo criado por L. Scheleger, até que se pegue o ritmo com que o autor nos conduz, sentimo-nos um pouco revoltos de muitas informações e até um pouco perdidos. Acredito que no segundo livro, essa sensação não vá ser a mesma, já que do meio pro final conseguimos nos aprofundar na história e a leitura flui mais rápido. Apesar da narrativa um pouco arrastada, os personagens são bem construídos e nos prendem à história. Gostei da criatividade do autor, vamos aguardar o próximo volume!
CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: O jovem príncipe Nicholas, impulsionado por forças desconhecidas e perturbado por enigmáticos sonhos e visões, tem de partir de sua terra, Benedictio, para enfrentar os assombrosos mistérios e incontáveis perigos de um continente amaldiçoado, Sprevit. Para isso, terá de atravessar uma imensurável e abissal fronteira no centro do oceano. Nesta mortífera aventura, ele contará com a ajuda de um grupo muito peculiar de amigos. Infindáveis batalhas os esperam, bem como terríveis segredos sepultados há centenas de anos. O risco se torna ainda maior quando repentinas traições vindas de dois confusos triângulos amorosos surgem entre eles, colocando tudo a perder. Prepare-se para uma aventura muito além da imaginação, num mundo repleto de criaturas fantásticas, mistérios e magia!

domingo, 29 de maio de 2016

Ela



As palavras se embaralham na mente caótica dela, cores, vibrações, sensações e ela se perde na própria ansiedade. Quer tudo pronto e para ontem, não consegue e se frustra com tudo que se acumula ao seu redor, a vida que passa e ela que fica.

Inquieta demais, precisa desse constante movimento do dia-a-dia e ao mesmo tempo gostaria de parar os ponteiros do relógio ao toque suave dos seus lábios nos dela, ou sentar na beira da praia ouvindo o barulho do mar. Meio louca essa aí, né? Ela e essa mania de caçar assunto, de verificar detalhes, de cutucar e instigar.

É assim que você a vê não é? A louca. Meio desesperada e intempestiva essa mulher, mas íntegra, verdadeira, a real ela, sempre e sem medo. Ela quer correr na chuva e deitar nos seus braços com nada além do som do seu riso. Ela quer dançar a noite inteira descalça e sentar a luz do luar com uma taça de vinho e um livro. Controversa essa menina, paradoxal, ela tem alma de menina e corpo de mulher. Ela é, simples e complicada, assim, ela mesma. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Do latim personalis


Ela é temperamental sim, reclamona, mas é que ela sonha demais, tanto que os sonhos vão além das suas possibilidades, maiores que a palma da sua mão. Ai ela se frustra, xinga, reclama, resmunga, uma velha de 70 anos num corpo de 22.

Vinte e dois, é, e logo ela pensa que terá 25, seus sonhos ainda todos ali no seu imaginário. E ela é doida mesmo, louca de pedra, fala sozinha, conversa em inglês, tudo pra suprir essa vontade maior que o peito de ter o mundo nas mãos. Independente, sem noção. Ela acha que pode tudo sozinha, mas sozinha só fica confusa, perdida. Mandona, tenta ter o controle de tudo em suas mãos, mas não controla nem a própria sede. Sede de ser mais, de alcançar tudo além dos seus limites, e ela é assim mesmo, maluquinha, louca de pedra.

Inconstante, ela quer aquele salgado que viu outro dia aquele moço comendo na padaria, chrgando lá entretanto, o doce chamou a atenção dela e resolveu mudar de ideia, de novo. Ela é meio impetuosa sim, meio explosiva, sai gritando a plenos pulmões coisas ininteligiveis. Mas tudo que ela precisa é daquele abraço que só você sabe dar e aquela sua maneira de encarar a vida brincando.

Ela chora, chorona que só ela, mas no outro dia acorda com aquela vontade de chutar o balde e ganhar o mundo de novo. Quer tanto, que frustra-se facilmente, esquece que amanhã a vida lhe oferecerá outra chance.
Ansiosa, quer tudo pra ontem, quer tudo resolvido, tudo no seu controle, impaciente demais, coloca o carro na frente dos bois e sai puxando, pra que esperar se ela pode fazer sozinha?

Forte, bruta, durona. Tudo mentira, ela é só amor, esconde-se atrás dessa fachada que não engana nem ela mesma.

Ela é mulher, amiga, companheira, mas no fundo é só menina. Louca de pedra, coitada.

domingo, 18 de outubro de 2015

Resenha: Um caso perdido - Colleen Hoover

Título Original: Hopeless
Autor: Coleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Gênero: Romance
País: EUA
Onde comprar: SubmarinoSaraiva


Realista, envolvente e impactante, são três adjetivos que cabem para descrever esse livro, porém não chegam perto de transmitir o teor dessa história. Colleen, autora de Métrica e Pausa, nos traz uma história que foge dos clichês.
Sky é uma garota de 17 anos que não tem celular, televisão ou computador. Ela foi adotada e sua mãe optou por educá-la em casa. Sky tem fama de promiscua, assim como a sua melhor amiga Six, por isso, em seu primeiro ano na escola acaba sendo vítima de algumas peças pregadas por outros estudantes. Ela não sente nada pelos garotos com quem se relaciona e não se importa com os boatos que correm sobre si, até que conhece Holder.


"A verdadeira razão pela qual gosto de ficar com garotos é a seguinte: me sinto completa e confortavelmente entorpecida." 

Ah Holder! Com pinta de bad boy, o garoto desperta em Sky o que ela jamais sentiu com os outros garotos. Sky se vê dividida entre o que sente por ele e a sua péssima reputação, afinal Holder foi preso por espancar um homossexual.



"Os acontecimentos da vida de uma pessoa estão todos aglomerados um minuto após o outro, sem nenhum intervalo de tempo, páginas em branco ou pausas em capítulos, porque não importa o que aconteça, a vida simplesmente continua, segue em frente, as palavras são ditas, e as verdades sempre surgem, quer você queira ou não, e a vida nunca deixa você fazer uma pausa apenas para recuperar a porra do fôlego."

O passado problemático dos dois acaba os unindo e o desenvolvimento desse romance em paralelo à descoberta desse passado prende o leitor a cada página com uma leitura fluída e extremamente envolvente. Em muitos momentos fiquei emocionada, por realmente me sentir como Sky estava se sentindo, a delicadeza com que a autora retrata esse tema tão polêmico abordado no livro é instigante. Os personagens são extremamente bem construidos, realistas e complexos. Holder e Sky nos dão uma lição valiosa, não somos definidos pelo que nos aconteceu e sim pelas nossas escolhas.


Beckin o melhor amigo mormon e gay de Sky nos rende boas gargalhadas para equilibrar o clima tenso que algumas partes da história nos proporciona. A história de cada personagem nos dá a sensação de que é impossível largar o livro.



"Você não pode ficar com raiva de um final realista. Alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes super falsos que deveriam irritar você."

Um caso perdido traz de tudo um pouco. Momentos de suspense, momentos fofos, engraçados e momentos realmente dramáticos. Algumas cenas são tão fortes que me atingiram como se aquela fosse a minha história. Esse é o primeiro livro que leio da Colleen e com certeza lerei outros.

CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.