segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resenha: E se for você? - Rebecca Donovan

Título Original: What If
Autor: Rebecca Donovan
Editora: Globo Alt
Páginas: 415
Gênero: Romance, Young Adult, New Adult, Ficção
País: EUA
Onde Comprar: SaraivaSubmarino

Lançamento de 2016 da editora Globo Alt, "E se for você?"  da escritora norte-americana Rebecca Donovan, fala sobre a importância das amizades, sobre perdas e não só sobre perder amigos ou entes queridos, mas sobre perder a si mesmo para conseguir se encontrar. Comparado com as histórias de John Green, "E se for você?" traz questionamentos reais e vai além do romance adolescente que aparenta ser.

Rebecca nos mostra de maneira profunda pela construção de cada personagem que a vida sempre nos oferece uma chance de recomeçar e, traz o questionamento do título do livro: " E se...?''. Quantas vezes nos perguntamos o que teria acontecido em determinada situação se tivéssemos agido de forma diferente? E se eu tivesse aproveitado mais o momento?

" Nunca olhei nos olhos de alguém por tanto tempo. Há tantas linhas e formas. Quanto mais olho, mais cores descubro."

O livro nos conta a história de Cal, Richelle, Nicole e Rae, quatro amigos de infância que em determinado momento da história se afastam. A partir daí observamos, anos depois, a vida de Cal na faculdade, até que ele reconhece os olhos extremamente azuis e a aparência física de Nicole, uma de suas amigas por quem sempre foi apaixonado. Convencido de que é a sua amiga, Cal se vê confuso quando a garota diz se chamar Nyelle e ao perceber que a personalidade de Nyelle difere muito da Nicole. Determinado a entender o mistério entre Nyelle e Nicole, Cal tem a ajuda de Rae, a única amiga com quem manteve contato.

Vamos assim, descobrindo um pouco mais sobre Nyelle e observando as loucuras que ela propõe a Cal, todas elas escritas numa misteriosa listinha. O livro é narrado por Cal, porém há determinados capítulos em que temos a visão de Richelle e Nicole sobre o passado dos quatro amigos. Com esses capítulos narrados por elas, fica mais fácil compreender a fascinação de Cal por Nyelle e entender a diferença de personalidade entre ela e Nicole. Essa característica em particular dá um certo toque de mistério à história.

" - Faça um pedido - me inclino e sussurro. Nyelle fecha os olhos, com um sorriso brotando devagar...Aperto a mão dela de leve e absorvo o brilho das estrelas refletido nos olhos dela, quando diz baixinho: - Desejo uma borboleta."

Todos os personagens tem características bem fortes, as personagens femininas tem itens que as diferenciam muito uma das outras e isso torna fácil a identificação dos personagens. A personagem de Nyelle, apesar de me lembrar um pouco a Alasca e a Margo de John Green, foi uma personagem que me cativou bastante por sua construção. Nyelle não é fácil de entender, não é um livro aberto com notas de rodapé, vamos entendendo aos poucos sua personalidade e ela nos ensina que devemos ser, quem queremos ser.
"E se for você?" é um livro simples, de leitura rápida e cativante, com nenhum acontecimento fora do normal, mas que nos traz lições valiosas sobre ouvir a voz do nosso coração, sobre amizade, sobre ser livre e sobre segundas chances. O livro aborda alguns assuntos pesados, mas de forma extremamente graciosa. Recomendo para quem deseja uma leitura leve e divertida, mas com alguns aprendizados e reflexões.

CLASSIFICAÇÃO: 


Sinopse: Cal acaba de entrar na faculdade e divide seu tempo entre aulas e festas com os amigos. Até que ele encontra Nicole Bentley, por quem ele foi apaixonado quando criança, e de quem nunca mais tinha ouvido falar desde que se formaram na escola, há mais de um ano. 
O único problema é que... aquela garota não é Nicole. Ela é idêntica à menina que conviveu com Cal, mas seu nome é Nyelle Preston e, ao contrário de Nicole, essa garota é impulsiva e ousada, e só quer aproveitar a vida. 
Quando os segredos do passado e do presente começam a colidir, de uma coisa ele poderá ter certeza: nada é o que parece ser. Com uma narrativa envolvente e poética, Rebecca Donovan cria personagens cativantes que despertam diversos questionamentos e emoções: 
E se pudéssemos mudar de rumo? 
E se nós permitíssemos apenas aproveitar o momento? 
E se o amor for algo bem mais simples do que imaginamos?

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Resenha: A fronteira - L. Scheleger - Volume I

Titulo: A fronteira - Enigmas de outrora
Autor: L. Scheleger
Editora: Novo Século (Talentos da literatura brasileira)
Páginas: 381
Gênero: Ficção fantástica
País: Brasil
Onde comprar: AmazonSubmarino

Imagine um lugar completamente diferente de tudo que já viu, um lugar onde os animais tem personalidades humanas, existem mastodontes - uma espécie de mamute - bípedes, um local enigmático e instigante, onde tudo parece ser possível. Esse lugar é o continente de Benedicto, mas precisamente no império de Mefizeboth, ambiente da história de A fronteira, do jovem escritor L. Scheleger, que apesar do nome, é nacional e novo parceiro do blog. O império de Mefizeboth tem dois continentes Benedictio (terra abençoada) e Sprevit (terra amaldiçoada).

"Em algum lugar real ou imaginário,
Repleto de vidas reais ou imaginárias..."

A história começa apresentando-nos o jovem príncipe Nicholas, ele é principe do império de Mefizeboth, filho da rainha Jazebeth e do rei Emaneus. O jovem príncipe está no seu quarto, ao que parece passando por um epísódio de insônia, quando começa a sentir forças malígnas ao seu redor, logo após um momento de aflição, essa sensação passa, porém o príncipe ainda tem dificuldades para adormecer.

A partir desse momento visões do passado e sonhos enigmáticos começam a assolar os pensamentos de Nicholas e ele então decide ultrapassar as fronteiras e explorar o continente de Sprevit, jamais antes explorado. Logo após, nos é explicado que a rainha Jazebeth, mãe de Nicholas, numa noite de ano novo tem uma visão relacionada a morte do seu filho, que realmente é atacado por forças malignas e consegue escapar, a partir daí, Nicholas é perturbado por visões. Somos então carregados com Nicholas e seus amigos pelas aventuras dessa exploração ao continente de Sprevit.

"Mais uma visão conturbada nos sonhos de Nicholas...Em um cenário macabro, em um pesadelo tão, tão distante de toda a realidade...ou talvez não...na calada da noite"

É uma leitura confusa no início, são muitas informações novas que precisam ser visualizadas para que haja o entendimento desse universo novo criado por L. Scheleger, até que se pegue o ritmo com que o autor nos conduz, sentimo-nos um pouco revoltos de muitas informações e até um pouco perdidos. Acredito que no segundo livro, essa sensação não vá ser a mesma, já que do meio pro final conseguimos nos aprofundar na história e a leitura flui mais rápido. Apesar da narrativa um pouco arrastada, os personagens são bem construídos e nos prendem à história. Gostei da criatividade do autor, vamos aguardar o próximo volume!
CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: O jovem príncipe Nicholas, impulsionado por forças desconhecidas e perturbado por enigmáticos sonhos e visões, tem de partir de sua terra, Benedictio, para enfrentar os assombrosos mistérios e incontáveis perigos de um continente amaldiçoado, Sprevit. Para isso, terá de atravessar uma imensurável e abissal fronteira no centro do oceano. Nesta mortífera aventura, ele contará com a ajuda de um grupo muito peculiar de amigos. Infindáveis batalhas os esperam, bem como terríveis segredos sepultados há centenas de anos. O risco se torna ainda maior quando repentinas traições vindas de dois confusos triângulos amorosos surgem entre eles, colocando tudo a perder. Prepare-se para uma aventura muito além da imaginação, num mundo repleto de criaturas fantásticas, mistérios e magia!

domingo, 29 de maio de 2016

Ela



As palavras se embaralham na mente caótica dela, cores, vibrações, sensações e ela se perde na própria ansiedade. Quer tudo pronto e para ontem, não consegue e se frustra com tudo que se acumula ao seu redor, a vida que passa e ela que fica.

Inquieta demais, precisa desse constante movimento do dia-a-dia e ao mesmo tempo gostaria de parar os ponteiros do relógio ao toque suave dos seus lábios nos dela, ou sentar na beira da praia ouvindo o barulho do mar. Meio louca essa aí, né? Ela e essa mania de caçar assunto, de verificar detalhes, de cutucar e instigar.

É assim que você a vê não é? A louca. Meio desesperada e intempestiva essa mulher, mas íntegra, verdadeira, a real ela, sempre e sem medo. Ela quer correr na chuva e deitar nos seus braços com nada além do som do seu riso. Ela quer dançar a noite inteira descalça e sentar a luz do luar com uma taça de vinho e um livro. Controversa essa menina, paradoxal, ela tem alma de menina e corpo de mulher. Ela é, simples e complicada, assim, ela mesma. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Do latim personalis


Ela é temperamental sim, reclamona, mas é que ela sonha demais, tanto que os sonhos vão além das suas possibilidades, maiores que a palma da sua mão. Ai ela se frustra, xinga, reclama, resmunga, uma velha de 70 anos num corpo de 22.

Vinte e dois, é, e logo ela pensa que terá 25, seus sonhos ainda todos ali no seu imaginário. E ela é doida mesmo, louca de pedra, fala sozinha, conversa em inglês, tudo pra suprir essa vontade maior que o peito de ter o mundo nas mãos. Independente, sem noção. Ela acha que pode tudo sozinha, mas sozinha só fica confusa, perdida. Mandona, tenta ter o controle de tudo em suas mãos, mas não controla nem a própria sede. Sede de ser mais, de alcançar tudo além dos seus limites, e ela é assim mesmo, maluquinha, louca de pedra.

Inconstante, ela quer aquele salgado que viu outro dia aquele moço comendo na padaria, chrgando lá entretanto, o doce chamou a atenção dela e resolveu mudar de ideia, de novo. Ela é meio impetuosa sim, meio explosiva, sai gritando a plenos pulmões coisas ininteligiveis. Mas tudo que ela precisa é daquele abraço que só você sabe dar e aquela sua maneira de encarar a vida brincando.

Ela chora, chorona que só ela, mas no outro dia acorda com aquela vontade de chutar o balde e ganhar o mundo de novo. Quer tanto, que frustra-se facilmente, esquece que amanhã a vida lhe oferecerá outra chance.
Ansiosa, quer tudo pra ontem, quer tudo resolvido, tudo no seu controle, impaciente demais, coloca o carro na frente dos bois e sai puxando, pra que esperar se ela pode fazer sozinha?

Forte, bruta, durona. Tudo mentira, ela é só amor, esconde-se atrás dessa fachada que não engana nem ela mesma.

Ela é mulher, amiga, companheira, mas no fundo é só menina. Louca de pedra, coitada.

domingo, 18 de outubro de 2015

Resenha: Um caso perdido - Colleen Hoover

Título Original: Hopeless
Autor: Coleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Gênero: Romance
País: EUA
Onde comprar: SubmarinoSaraiva


Realista, envolvente e impactante, são três adjetivos que cabem para descrever esse livro, porém não chegam perto de transmitir o teor dessa história. Colleen, autora de Métrica e Pausa, nos traz uma história que foge dos clichês.
Sky é uma garota de 17 anos que não tem celular, televisão ou computador. Ela foi adotada e sua mãe optou por educá-la em casa. Sky tem fama de promiscua, assim como a sua melhor amiga Six, por isso, em seu primeiro ano na escola acaba sendo vítima de algumas peças pregadas por outros estudantes. Ela não sente nada pelos garotos com quem se relaciona e não se importa com os boatos que correm sobre si, até que conhece Holder.


"A verdadeira razão pela qual gosto de ficar com garotos é a seguinte: me sinto completa e confortavelmente entorpecida." 

Ah Holder! Com pinta de bad boy, o garoto desperta em Sky o que ela jamais sentiu com os outros garotos. Sky se vê dividida entre o que sente por ele e a sua péssima reputação, afinal Holder foi preso por espancar um homossexual.



"Os acontecimentos da vida de uma pessoa estão todos aglomerados um minuto após o outro, sem nenhum intervalo de tempo, páginas em branco ou pausas em capítulos, porque não importa o que aconteça, a vida simplesmente continua, segue em frente, as palavras são ditas, e as verdades sempre surgem, quer você queira ou não, e a vida nunca deixa você fazer uma pausa apenas para recuperar a porra do fôlego."

O passado problemático dos dois acaba os unindo e o desenvolvimento desse romance em paralelo à descoberta desse passado prende o leitor a cada página com uma leitura fluída e extremamente envolvente. Em muitos momentos fiquei emocionada, por realmente me sentir como Sky estava se sentindo, a delicadeza com que a autora retrata esse tema tão polêmico abordado no livro é instigante. Os personagens são extremamente bem construidos, realistas e complexos. Holder e Sky nos dão uma lição valiosa, não somos definidos pelo que nos aconteceu e sim pelas nossas escolhas.


Beckin o melhor amigo mormon e gay de Sky nos rende boas gargalhadas para equilibrar o clima tenso que algumas partes da história nos proporciona. A história de cada personagem nos dá a sensação de que é impossível largar o livro.



"Você não pode ficar com raiva de um final realista. Alguns são horrorosos mesmo. São os finais felizes super falsos que deveriam irritar você."

Um caso perdido traz de tudo um pouco. Momentos de suspense, momentos fofos, engraçados e momentos realmente dramáticos. Algumas cenas são tão fortes que me atingiram como se aquela fosse a minha história. Esse é o primeiro livro que leio da Colleen e com certeza lerei outros.

CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Resenha: Proibido - Tabitha Suzuma

Título Original: Forbidden
Autor: Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Páginas: 304
Gênero: Romance, Ficção, Drama
País: Reino Unido
Onde Comprar: SaraivaSubmarino

Esse livro quebra paradigmas e  dá um nó na nossa cabeça e nos nossos conceitos. Não é uma leitura para todos, requer uma mente aberta e uma aceitação para o diferente, para o que não é tradicional. Com certeza a minha resenha não fará jus ao sentimento e a sensibilidade presente na escrita de Tabitha e em sua história. Ela consegue abordar um tema polêmico e controverso de forma pura e sensível de modo que o leitor põe a prova todos os seus pré-julgamentos.


"No fim das contas, é o quanto você pode suportar, o quanto pode resistir. Juntos, não fazemos mal a ninguém; separados, nós definhamos."

Maya e Lochan vivem em uma família completamente desestruturada e que foge do tradicional. Maya tem 16 anos e Lochan 17, apesar de jovens, os dois cumprem o papel de "pais" dos irmãos mais novos, Kit, Willa e Tiffin. Desde pequenos são melhores amigos e nunca se viram realmente como irmãos. 

A família é pobre, e a mãe Lily é instável e alcoólatra, o pai os abandonou. A mãe é completamente ausente, passa mais tempo na casa do namorado, Dave e quase sempre chega em casa bêbada. Tentando manter a família unida e compensar a falta dos pais, Maya e Lochan dividem-se entre as atividades escolares e serem pais dos próprios irmãos. 

“Não há leis e nem limites para os sentimentos. A gente pode se amar tanto e tão profundamente quanto quisermos. Ninguém, Maya, ninguém poderá nunca tirar isso da gente".

Lochan é extremamente pessimista, porém doce e responsável, tomou as rédeas da família como se fosse realmente responsável pelo que acontece aos irmãos mais novos, tem constantes crises de pânico e dificuldade em se relacionar com as pessoas. Maya é o oposto do irmão, extrovertida e adota uma postura conciliadora nas constantes brigas entre Lochie e Kit, o irmão rebelde, e entre Lochie e a mãe irresponsável.


"Você pode fechar os olhos para as coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir."

Num determinado momento, Maya resolve aceitar um pedido para sair de um colega de sala de Lochie, Nico. Ao saber que a irmã terá um encontro com Nico, Lochan entra em uma onda de sentimentos conflitantes. Em meio a uma discussão sobre o que houve no encontro, ambos percebem o que estava na sua frente o tempo todo e não queriam enxergar: o amor! A partir dai a história dá uma reviravolta e nos vemos questionando junto com Maya e Lochan. Por que esse amor é tão errado? Por que, se não fazemos mal a ninguém, estamos cometendo um crime? Maya e Lochie percebe o que esse sentimento que aos outros parece tão errado, mas para os dois tão certo, pode acarretar na vida dos irmãos mais novos. 

Emocionante, controverso, conflitante. Nunca tinha ouvido falar de nenhuma história de incesto consensual e vê-la abordada assim de forma tão simples e sentimental me fez rever muitos pensamentos. Proibido nos mostra uma realidade dura e cruel, em meio a isso um sentimento inocente, puro e intenso. Tabitha nos mostrou de forma perturbadora como o amor está além de qualquer preconceito e de qualquer coisa que a sociedade nos ensinou. 

CLASSIFICAÇÃO: 

Sinopse: Proibido - Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.]Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã. Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Resenha: Labirinto de Espelhos - Bárbara Negrão

Título Original: Labirinto de Espelhos  
Autor: Bárbara Negrão 
Editora: Novo Século 
Páginas: 456 
Gênero: Romance, Sobrenatural 
Onde Comprar: Amazon
A primeira parceria do Imperiódico!
Algumas semelhanças com Crepúsculo e Diários do Vampiro, alguns elementos novos e igualmente sedutores, Labirinto de Espelhos foi uma leitura envolvente assim como seu protagonista masculino, William.
O livro é narrado do ponto de vista de Eva, uma garota extremamente desastrada e propensa à má sorte. Esse foi um dos pontos semelhantes a Crepúsculo, Eva segue o esteriótipo de garota indefesa, a dama que precisa ser salva, a nossa protagonista é tão desastrada que chega a ser cômico. Eva se vê de maneira inferior, o que a tornou levemente irritante para mim no começo.

"  - O que você tem com isso, de querer que eu coloque tudo em palavras? - protestei. Que mandão.   - Já disse. Gosto de ouvir sua voz."

No inicio da trama temos um capítulo narrado pelo nosso querido William, ele sonha com uma garota há muito tempo, ele não sabe seu nome, não sabe onde ela vive, na verdade não sabe nem se ela realmente existe, só sabe que deseja encontrá-la, que deseja conhecê-la. Logo após conhecemos Eva.
Eva acaba de perder o seu melhor amigo Noah, isso a atinge de forma devastadora, tanto que antes de descobrir que Noah havia ido embora após perceber que Eva não correspondia seus sentimentos, pensei que ele estava morto. O destino de Noah fica como um mistério pairando ao longo da trama, é claro que não é o enfoque desse volume, mas ficou como uma pulga atrás da orelha, fiquei me perguntando durante a história toda o que poderia ter acontecido com ele. 


" Inalando o ar lentamente ao soltá-lo disse baixinho, quase como uma súplica, as mais belas palavras que já ouvi: - Eu amo você."

Tudo muda quando em um episódio particularmente desastroso, Eva conhece William. Ah, William! E quem não deixaria uma depressão de lado ao conhecer esse monumento do Olimpo? William é tudo que poderíamos esperar de um vampiro, a perfeição em pessoa. Depois de todo o tempo que passou sonhando com Eva, William não pretende partir tão cedo. Nos pegamos tão envolvidas por ele quanto Eva. 

"Conversamos sobre o fato de meu primeiro namorado ser um vampiro e ter que beber sangue, pensei comigo mesma. Mas acho que minhas amigas ficariam mais do que chocadas ao saber desse detalhe."

Um fato que me incomodou bastante no livro foi a rapidez com que Eva se envolve, aliás é um fato que me incomoda em toda história de vampiros, ela mal o conhece e já se vê rendida aos seus encantos, quase esquecendo o sumiço de seu melhor amigo (eu não esqueci hein, cadê tu Noah?). Senti falta também de uma profundidade maior no desenvolvimento do irmão de William, Edgar.
A leitura flui rapidamente,encontrei alguns erros de digitação, mas nada alarmante que fizesse a história perder o sentido.Deixando um gostinho de quero mais, terminei o livro com inúmeras perguntas em mente e estou ansiosa para vê-las respondidas no segundo volume, vem logo Labirinto de Espelhos 2!



CLASSIFICAÇÃO: 


Sinopse: Quando a estudante Eva Lins conhece o misterioso e sedutor Willian não imagina quais segredos ele podia esconder por trás de tanta beleza. Que ele é perigoso, ela pôde ver em seus olhos desde a primeira vez que se encontram, porém, a vontade de estar junto a ele é maior do que qualquer pressentimento que a jovem possa ter. Chocada pelas revelações, e ao mesmo tempo atraída e fascinada por todo o mundo novo que envolve Willian, Eva não se deixa intimidar e se entrega à história que promete ser a mais emocionante de toda sua vida, sem imaginar que mais mistérios estão para serem revelados.